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Reforma Tributária: O que muda, quando muda e como preparar sua empresa para a transição

Aprovada em 2023, a Reforma Tributária é a maior reestruturação do sistema fiscal brasileiro em décadas.




Neste artigo, você entenderá:



  • Quais tributos serão substituídos

  • Como funcionará o novo modelo (IVA Dual)

  • O que esperar da fase de transição até 2033

  • Os riscos e as oportunidades para empresas

  • Como se preparar desde já



O que é o IVA Dual e quais tributos ele substitui?



A espinha dorsal da reforma é a criação do IVA Dual — um modelo de Imposto sobre Valor Agregado dividido entre União e entes subnacionais. Ele será composto por dois novos tributos:


  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – de competência federal

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – de competência estadual e municipal



Esses tributos substituirão: PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS.


Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos que prejudicam a saúde ou o meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.


Como será o período de transição até 2033?


A implantação será gradual e ocorrerá entre 2026 e 2033. Veja os principais marcos:


  • 2026: início da “cobrança teste” com alíquotas simbólicas (CBS: 0,9% / IBS: 0,1%)

  • 2027: extinção de PIS e Cofins; início da cobrança real da CBS e criação do Imposto Seletivo

  • 2029 a 2032: redução progressiva de ICMS e ISS em 10% ao ano

  • 2033: novo sistema plenamente implementado



Durante esse período, os dois sistemas coexistirão — o que exige adaptação tecnológica, contábil e estratégica por parte das empresas.


Quais os principais desafios para as empresas?


A transição não será apenas técnica, mas também cultural. Entre os principais desafios, destacam-se:


  • Adequar sistemas de gestão fiscal e ERP ao novo modelo

  • Reestruturar a precificação de produtos e serviços

  • Rever contratos com cláusulas adaptáveis à reforma

  • Gerenciar corretamente os créditos tributários

  • Evitar erros que gerem autuações e penalidades



A convivência entre os dois sistemas por quase uma década exigirá atenção constante à legislação, à contabilidade e às rotinas operacionais.



O que ainda depende de regulamentação?



A efetividade da transição ainda está condicionada à aprovação do PLP nº 108/2024, que define:


  • A criação do Comitê Gestor do IBS

  • Regras de fiscalização e contencioso

  • Divisão da arrecadação entre estados e municípios

  • Definições sobre obrigações acessórias e penalidades



Enquanto esse projeto não for aprovado, permanecem lacunas que geram insegurança jurídica e operacional para empresas e profissionais da área.



Vai aumentar a carga tributária? Depende.



Muito se fala em alíquotas finais próximas de 26% a 28%, o que gera receio. Porém, é preciso analisar o sistema como um todo:


  • A CBS e o IBS preveem créditos amplos sobre praticamente todas as aquisições

  • O fim de regimes diferenciados e benefícios pode equilibrar distorções

  • Empresas com muitas despesas e insumos podem ter redução efetiva da carga



Ou seja: a carga nominal pode parecer mais alta, mas o impacto real vai depender da estrutura de custos de cada negócio.


Como preparar sua empresa para a reforma tributária?



As empresas devem agir desde já para se adaptar:


  • Atualizar sistemas de gestão fiscal e contábil

  • Simular os impactos financeiros das novas alíquotas

  • Revisar contratos em vigor e cláusulas de reajuste tributário

  • Treinar equipes para lidar com as obrigações acessórias futuras

  • Acompanhar de perto a regulamentação complementar


Conclusão


A reforma tributária é inevitável e, para muitos, representa uma oportunidade de modernização e ganho de eficiência.

No entanto, ela exige planejamento, informação e ação antecipada.


Empresas que se preparam desde já estarão em vantagem competitiva quando o novo modelo estiver plenamente em vigor.


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